O olfato é um dos nossos cinco sentidos, proporcionando a capacidade de identificar cheiros. Ele está intimamente ligado à nossa memória. Sentir aquele cheiro de perfume familiar, o aroma da comida preparada pela mãe, o cheiro de uma pessoa, o perfume de uma flor e assim por diante. Os cheiros das coisas são capazes de nos fazer recordar de muitas experiências, como se algo que nosso olfato detecta jamais pudesse ser esquecido. A memória olfativa é capaz de evocar rapidamente diversos tipos experiências, sejam elas boas ou ruins.
A neurocirurgiã Michelle Nuback, da Aliança Instituto de Oncologia, explicou em entrevista ao site Metrópoles que existe uma forte conexão entre o cérebro e o olfato, o que estimula o surgimento de recordações. Segundo Michele, o olfato está interligado ao sistema límbico, uma região do cérebro que concentra as memórias e onde surgem as emoções.
Outro dado importante sobre o tema vem de estudos da Universidade Rockefeller, em Nova York, nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, as pessoas lembram de 35% do que cheiram, em comparação com apenas 5% do que veem e 1% do que tocam. O sentido do olfato, nessa perspectiva de ligação com a memória, realmente tem uma ligação maior do que a visão e o tato. Nesse estudo, resultados apontam para o fato de que 65% das pessoas são capazes de lembrar de um cheiro exatamente como ele é, mesmo anos após o ocorrido.
Além disso, o sistema límbico, mencionado anteriormente, segundo o estudo de Rockefeller, funciona independentemente da nossa consciência. Portanto, esse estímulo olfativo pode se manifestar mesmo que não tenhamos clareza sobre a origem daquele cheiro. Ainda, os aromas associados a coisas negativas tendem a permanecer mais facilmente na memória do que aqueles que nos remetem a recordações positivas.
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