Você já ouviu falar em consumismo infantil? A expressão tem sido bastante utilizada, porém, muitos pais e responsáveis ainda não compreenderam seu real significado. Com o crescente acesso das crianças às redes sociais e à televisão, elas estão cada vez mais expostas a propagandas desse tipo. Além disso, muitas vezes, por falta de conhecimento, os próprios cuidadores acabam incentivando esse comportamento nos pequenos, seja através de presentes em excesso ou até mesmo ao dar mesada sem uma devida orientação financeira.
Todos esses estímulos geram uma motivação inconsciente para comprar cada vez mais, um comportamento que muitas vezes perdura na vida adulta. Um estudo do Journal of Consuming Research aponta que pais que presenteiam seus filhos como forma de recompensa, por exemplo, por lavarem a louça ou se comportarem de maneira adequada, podem estar contribuindo para que essas crianças se tornem adultos apegados ao dinheiro. No Brasil, as crianças exercem influência sobre 80% das compras familiares, conforme pesquisa da TNS/InterScience. Este estudo acredita que esse impacto seja resultado da forte conexão das crianças com o mundo digital.
Atualmente, além das tradicionais propagandas televisivas e cards de divulgação, as redes sociais introduziram os influenciadores digitais, indivíduos cujo trabalho é promover produtos de forma mais pessoal, o que dá maior credibilidade devido à identificação dos seguidores com o influenciador.
Não estamos sugerindo que as crianças sejam isoladas ou que não possam consumir, mas é importante orientá-las em um mundo com tantos estímulos de consumo, para que entendam a diferença entre necessidades e desejos e possam encontrar equilíbrio em tudo isso. Para isso, é fundamental dar o exemplo, olhar o próprio comportamento de consumo e, se necessário, adotar hábitos que possam ser levados para a vida adulta pelos pequenos.
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